• Pascoa: precisamos dessa passagem!

Pascoa: precisamos dessa passagem!

Friday, April 7, 2023 | Juliana Grich

Apesar de ter um significado especial para muitas famílias e ser um momento de estar junto à mesa;  expressando amor e apreço através do chocolate, não podemos esquecer o verdadeiro sentido da Páscoa. 

Após tantos anos de celebração, podemos observar que o secularismo, consumismo, e a nossa própria condição enquanto sociedade, acabam resultando em uma inversão ou distorção no sentido e significado real, dessa festa tão importante para a humanidade. 

Embora não exista problema algum em saborear e presentear nossas crianças e familiares com os chocolates, é importante compreender e viver, o verdadeiro significado da Páscoa.

Infelizmente, cada vez mais nos distanciamos do verdadeiro significado e essência que a Páscoa tem, ou, da razão pela qual ela foi instituída.

Nas Escrituras, a Páscoa fala sobre a libertação do povo de Israel do Egito, sobre o livramento da morte através de um Cordeiro, afinal, quando foi instituída, a orientação de Deus era que cada família sacrificasse um cordeiro para aspergir as ombreiras das portas de suas casas com seu sangue, assim, a praga da morte não teria efeito sobre aquela família.

Nessa noite, passarei pela terra do Egito e matarei todos os filhos mais velhos e todos os primeiros machos dentre os animais na terra do Egito. Executarei juízo sobre todos os deuses do Egito, pois eu sou o Senhor. Mas o sangue nos batentes das portas servirá de sinal e marcará as casas onde vocês estão. Quando eu vir o sangue, passarei por sobre aquela casa. E, quando eu ferir a terra do Egito, a praga de morte não os tocará.” (??Êxodo? ?12:12-13? ?NVT??)

Então, além da saída e libertação do povo de Israel dos domínios egípcios, razão pela qual a celebração recebeu o nome “ Pessach”, que em hebraico, significa “passagem”, fazendo referência a essa passagem da escravidão à liberdade, a Páscoa também aponta para Cristo: “No dia seguinte, João viu Jesus caminhando em sua direção e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (??João? ?1:29? ?NVT??)

Jesus Cristo é nosso Cordeiro Pascal, e é por isso que devemos lembrar, que a Páscoa faz referência à morte e ressurreição de Jesus, ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas também, à nova vida e esperança que Ele nos deu através do Seu sacrifício: 

Todo louvor seja a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Por sua grande misericórdia, ele nos fez nascer de novo, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Agora temos uma viva esperança e uma herança imperecível, pura e imaculada, que não muda nem se deteriora, guardada para vocês no céu. Pois vocês sabem que o resgate para salvá-los do estilo de vida vazio que herdaram de seus antepassados não foi pago com simples ouro ou prata, que perdem seu valor, mas com o sangue precioso de Cristo, o Cordeiro de Deus, sem pecado nem mancha.” (??1Pedro? ?1:3-4, 18-19? ?NVT??)

Na perspectiva Cristã, a Páscoa faz menção à morte e ressurreição de Jesus, que derramou seu precioso sangue na Cruz para nos libertar do pecado e da condenação eterna. Ele nos transportou, permitiu a nossa passagem das trevas para a luz, da morte para vida, de uma vida sem Deus, para um relacionamento íntimo com Ele. 

Logo, celebrar a Páscoa é celebrar o sacrifício, a morte, a entrega, o amor, o sangue derramado de Jesus, a Sua ressurreição e a redenção que temos nEle. 

Mas talvez, além de resgatarmos o verdadeiro significado da Páscoa, considerando a condição humana, as densas trevas e o caos que a sociedade se encontra, precisamos lembrar também de outra particularidade da Páscoa: a retirada do fermento, não ter fermento na alimentação e nenhuma quantidade mínima dele em casa! 

Além do Cordeiro que era sacrificado, Israel também deveria celebrar a festa dos pães ázimos, ou seja, pão sem fermento, e era uma prática que também deveria ser repetida anualmente, como parte da celebração Pascal.

O fermento era um símbolo da contaminação do pecado, e era isso que Deus estava ensinando através dessa prática, que aqueles que celebram a Páscoa do Senhor devem lançar fora o fermento da maldade. 

Antes que possamos pensar que trata-se de uma instrução restrita ao Antigo Testamento, relatado em Êxodo 12, estabelecido por Deus antes do sacrifício, morte e ressurreição de Jesus, devemos lembrar que essa é uma orientação igualmente citada no Novo Testamento:

“Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova, sem fermento, o que de fato são. Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho pão, fermentado com maldade e perversidade, mas com o novo pão da sinceridade e da verdade, sem nenhum fermento.” (??1Coríntios? ?5:7-8? ?NVT??)

Mais do que nunca, carecemos dessa reflexão e prática comum à Páscoa. Precisamos celebrar a morte e a ressurreição de Jesus, mas também, nos dedicar a remoção do fermento, de toda maldade e perversidade dos nossos dias e corações, buscando realmente viver a vida à imagem e semelhança do nosso Criador, e também do nosso Redentor, vivendo e partilhando desse novo pão, um pão de verdade e sinceridade, uma vida de entrega e amor, livres de todo tipo de maldade. 

É por isso que a Páscoa é uma festa tão importante, um tempo de celebração e gratidão, mas também de reflexão, decisão e transformação. Páscoa é um lugar, uma oportunidade de passar da escravidão para liberdade, da morte para vida, mas também, da mágoa para o perdão, do ódio para o amor, da mentira para a verdade, da intolerância para o respeito, do julgamento para a compaixão, do egoísmo para a empatia, do distanciamento à proximidade.

Páscoa: Precisamos dessa “passagem”! Que ao celebrar e desejar uma Feliz Páscoa, essa reflexão seja a nossa oração de alcance, significado e impacto da Páscoa na vida daqueles que estão à nossa volta, e da sociedade que fazemos parte!

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